segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

those who left you

Nunca se esqueça de quem te deu as costas quando vc mais precisou. Se a pessoa voltar precisando de vc, será sua chance de mostrar como se faz: estendendo a mão. 🕊

domingo, 29 de julho de 2018

Amor Líquido

Texto de Luciana Chardelli

O amor é mais falado do que vivido.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman declara que vivemos em um tempo que escorre pelas mãos, um tempo líquido em que nada é para persistir. Não há nada tão intenso que consiga permanecer e se tornar verdadeiramente necessário. Tudo é transitório. Não há a observação pausada daquilo que experimentamos, é preciso fotografar, filmar, comentar, curtir, mostrar, comprar e comparar.
O desejo habita a ansiedade e se perde no consumismo imediato. A sociedade está marcada pela ansiedade, reina uma inabilidade de experimentar profundamente o que nos chega, o que importa é poder descrever aos demais o que se está fazendo.
Em tempos de Facebook e Twitter não há desagrados, se não gosto de uma declaração ou um pensamento, deleto, desconecto, bloqueio. Perde-se a profundidade das relações; perde-se a conversa que possibilita a harmonia e também o destoar. Nas relações virtuais não existem discussões que terminem em abraços vivos, as discussões são mudas, distantes. As relações começam ou terminam sem contato algum. Analisamos o outro por suas fotos e frases de efeito. Não existe a troca vivida.
Ao mesmo tempo em que experimentamos um isolamento protetor, vivenciamos uma absoluta exposição. Não há o privado, tudo é desvendado: o que se come, o que se compra; o que nos atormenta e o que nos alegra.
O amor é mais falado do que vivido. Vivemos um tempo de secreta angústia. Filosoficamente a angústia é o sentimento do nada. O corpo se inquieta e a alma sufoca. Há uma vertigem permeando as relações, tudo se torna vacilante, tudo pode ser deletado: o amor e os amigos.

“Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”. Zygmunt Bauman

segunda-feira, 11 de junho de 2018

sexualização

Eu fico triste por essa molecada que quer tanto se sexualizar.

De modo geral, isso começa nos famosos mirins até atingir os pequenos ao nosso redor que acabam sendo influenciados. Eu brinquei de boneca até meus 14 anos (aos 15 eu brincava escondida com vergonha de alguém ver) e me arrependo muito pq acho que devia ter ido além.

Aos 13 eu estava de tererê no cabelo de playmobil, correndo pela escola pra brincar de pega-pega, contando as horas pra vir pra casa brincar na rua e, até onde eu me lembro, havia poucas garotas pagando de mulheres e os meninos em sua grande maioria eram bem infantis.

Hoje já sinto diferente, qualquer escola que eu passe em frente só vejo a galera querendo ser muito adulta antes da hora e apelar sempre pra esse lado sexual.

Olha, se minha geração já é bem complicadinha, a que está por vir, nem imagino como será. São pessoas que precisam a todo momento provar algo para os outros e não pra si, através de fotos duvidosas e comportamentos desnecessários. Não conseguem achar graça nas coisas simples, precisam de status e gostam de competir a todo momento. Colocam botox aos 20. Aparentam ter 30 aos 18. Não aceitarão a velhice...então no que será que isso vai dar? Suicídio e depressão estão aí.